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Advocacia Manhães de Almeida

Instituto Inhotim: símbolo de referência à arte, arquitetura e natureza



O Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho, Minas Gerais, é um museu de arte contemporânea e um Jardim Botânico. Em 1980, Bernardo de Mello Paz, idealizador da organização, decidiu transformar a sua propriedade privada em um museu a céu aberto. A princípio, o empresário desejava abrigar a sua coleção de arte modernista que incluía trabalhos de grandes artistas, como Portinari, Guignard e Di Cavalcanti - inclusive, essas permanecem em Inhotim até os dias de hoje.


Inhotim é uma entidade privada e sem fins lucrativos que se mantém através das doações de pessoas físicas e jurídicas. Em 2008, a instituição foi reconhecida como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pelo Governo de Minas Gerais.


Sua arquitetura



Para muitos, Inhotim está inserido em uma localização privilegiada, o que não é de se espantar, pois, no Instituto, é possível observar ricos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado. Suas paisagens que, modéstia à parte, são “de tirar o fôlego”, podem ser percebidas ao longo dos 140 hectares. A organização também abriga um exuberante Jardim Botânico, com mais de 4,3 mil espécies botânicas raras de diversos continentes. Já no Museu, estima-se que existem mais de 700 obras feitas por diferentes artistas dos mais variados países, expostas tanto em galerias quanto em seu jardim.





Seu acervo de arte


O conjunto de obras contidas em Inhotim é reconhecido mundialmente. Ao andar pelos jardins e galerias, é possível visualizar os deslumbrantes trabalhos que proporcionam uma experiência única. Periodicamente, a instituição convida artistas a criar trabalhos exclusivos para o seu acervo a fim de contribuir para com a produção artística. No museu, existem cerca de 170 obras em exposição, como o banco projetado pelo designer Hugo França, localizado debaixo da árvore tamboril, um dos símbolos do instituto.






Seu Jardim Botânico



Inhotim é cercado por biodiversidade e isso é incontestável. Seus jardins contemplam a Mata Atlântica e o Cerrado, os mais ricos biomas do planeta e, em meio à extinção de tantas espécies, o Instituto passa a ser uma ferramenta muito importante para a preservação e educação ambiental. Os jardins foram iniciados em 1980, através do projeto de Pedro Nehring e, em 2000, Luiz Carlos Orsini assinou o projeto paisagístico de 25 hectares. Em 2010, Inhotim foi reconhecido pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos (CNJB) como um Jardim Botânico. Hoje, a organização é uma grande referência ao paisagismo tropical contemporâneo.


Em resumo, são mais de 140 hectares de área de visitação e outra de 25 hectares de Reserva Particular de Patrimônio Natural Inhotim (RPPN). Seu acervo botânico é composto por diversas espécies nativas brasileiras e outras exóticas vindas de diversos países. Em 2021, o Inhotim foi contemplado pelo Grant Awarded - BGCI’s Global Botanic Garden Fund, reconhecendo os seus projetos e suas ações de preservação.


Inhotim também é uma fundação educativa, pois propõe conversas e reflexões, principalmente aos visitantes, educadores e alunos que residem em Brumadinho. No entanto, a instituição enfrentou situações desafiadoras. Em 2018, a Justiça declarou ilegal o acordo realizado entre o governo de Minas e o então fundador do Instituto, pois tinha sugerido que as obras contidas no Museu fossem dadas como pagamento a uma dívida no valor de R$500 milhões. Assim, esse acordo foi considerado ilegal e nulo em pleno direito. A partir disso, Bernardo, que não integra mais o conselho de administração, decidiu doar 330 obras de seu acervo pessoal para o museu. Dentre os trabalhos, encontram-se obras de Arthur Jafa, Arjan Martins, Do Ho Suh, entre outros.


O instituto surpreende a todos devido à sua localização privilegiada, obras magníficas e paisagens únicas. Se for em Brumadinho, a visita ao Inhotim deve estar em seu roteiro.


Fontes:

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