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  • Advocacia Manhães de Almeida

Parques de São Paulo: espaços de preservação, lazer e diversão distribuídos pela cidade

Os parques constituem unidades destinadas à proteção e conservação de áreas, além de serem espaços de interesse à pesquisa e ao turismo. A cidade de São Paulo conta com 113 parques que, em meio à selva de pedras, são lugares de refúgio que proporcionam ar fresco e atividades de lazer. A partir disso, fizemos uma seleção de alguns dos parques que existem em São Paulo. Confira:

Parque Dr. Fernando de Sousa Costa – conhecido como Parque da Água Branca

Em 1905, o Parque da Água Branca começou a ganhar forma quando ainda era uma escola agrícola. Em 1911, a escola agrícola encerrou suas atividades, fazendo com que o então Prefeito de São Paulo, Júlio Prestes, transferisse as dependências de Produção Animal e de Exposições da Mooca para o bairro Água Branca, criando, assim, o “Pavilhão de Exposições de Animais” - futuramente, viria a ser chamado de Parque da Água Branca.

Mais tarde, em 1929, foi inaugurado pelo Secretário de Agricultura, Dr. Fernando de Sousa Costa, que tinha como objetivo tornar o lugar um Recinto de Exposições e Provas Zootécnicas. Nesse período, o parque era composto por pavilhões de equinos, estábulos, tanques de peixes, estufas e pomares, e também era tido como um lugar de lazer. Na época, o Parque da Água Branca também era tido como uma referência ao setor agrícola e realizava diversas feiras e exposições de animais. Inspirado na arquitetura da Normandia, o engenheiro Mário Whately foi o responsável pela projeção e construção do espaço. No entanto, em 1979, o parque deixou de realizar exposições e alguns departamentos também foram retirados, tornando o local mais amplo aos visitantes.

Por conta do seu valor histórico, arquitetônico e por possuir vegetação de porte significativo, o Parque da Água Branca foi tombado pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP. Atualmente, o Parque da Água Branca realiza diversas feiras, oficinas e proporciona atividades para toda a família. Além disso, possui uma praça destinada aos idosos, espaços para leitura e um aquário.

Parque Aclimação

O Parque Aclimação fica localizado na região central da capital paulista. O espaço já foi a sede do primeiro zoológico da cidade, fundado por Carlos Botelho, que se inspirou no “Jardin d'Acclimatation'' de Paris.

Antes, era chamado de “Jardim da Aclimação” e possuía uma granja literária, um bosque e um parque de diversão. Em 1939, Francisco Prestes Maia, então prefeito de São Paulo, quis comprar, por parte da prefeitura, a propriedade. No fim, os herdeiros de Carlos Botelho aceitaram a proposta. No entanto, nessa mesma época, o zoológico foi retirado do parque; o lago ficou poluído; e o parquinho foi depredado, tornando o espaço degradado. Mais tarde, 16 anos depois, surgiu um novo projeto que previa a sua restauração, contudo, as mudanças não aconteceram e foram substituídas por algumas reformas iniciadas por Jânio Quadros. Em 1972, aconteceu o último restauro do parque, em que houve a construção de um novo playground, bem como a manutenção de um antigo ancoradouro, uma concha acústica, algumas alamedas e canteiros. O local é tombado pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP. Atualmente, sua área corresponde a 112 mil m² e possui bicicletário, bebedouros, churrasqueiras, quiosques, sanitários e local para alimentar pássaros.

Jardim da Luz

Em 1798, em meio ao Brasil Imperial, foi criado o Parque Jardim da Luz, sendo o primeiro do município de São Paulo. Aberto ao público somente em 1825, era considerado um horto botânico e um dos poucos pontos de lazer da cidade. 26/10 Parques de São Paulo - Artigo para o blog: O Jardim da Luz possui museu, bosque, espelhos d’água, áreas de lazer, mirante, aquário, pista de Cooper, lagos, chafariz, entre outros. No ano de 1977, foi iniciado o processo de tombamento do parque pelo CONDEPHAAT por causa do seu valor histórico, cultural e ambiental. Já em 1999, houve uma grande restauração no parque que foi dividida em duas partes: fase de restauro das obras e espécies de vegetais e fase de melhorias arquitetônicas. Atualmente, a Pinacoteca da cidade foi integrada ao parque e abriga cerca de 32 esculturas em seu acervo.

Ibirapuera

Desde 1920, o Ibirapuera é um dos parques mais importantes da capital paulista. Sua história começa em 1920, quando José Pires do Rio idealizou a construção de um parque no espaço que antes era uma área utilizada por chácaras e pastagens. Somente em 1951, foram iniciadas as obras no local, o que só foi possível devido a uma iniciativa pública de Lucas Nogueira Garcez com intuito de comemorar o 4° aniversário de São Paulo. Diversos profissionais renomados contribuíram na construção do Ibirapuera, dentre eles, Oscar Niemeyer, Joaquim Cardozo, Burle Marx e Otávio Augusto Teixeira Mendes. Em 1954, houve a construção do Pavilhão Japonês com edificação inspirada no Palácio de Katsura, construída no Japão e trazida ao Brasil de navio. Outras edificações como a OCA, a Bienal e o Pavilhão das Culturas Brasileiras também estão inseridas no Ibirapuera. Atualmente, o Parque Ibirapuera conta com diversas atividades de lazer e é uma excelente escolha para realizar atividades físicas e se divertir. Além disso, é tombado pelo CONDEPHAAT devido ao seu grande valor histórico e cultural.

Parque Burle Marx

Na década de 40, Francisco Matarazzo Pignatari comprou um terreno da Chácara Tangará, localizada no bairro do Panamby, com intuito de construir uma casa. Para a sua construção, Francisco contratou Roberto Burle Marx e Oscar Niemeyer, mas, infelizmente, devido ao seu envolvimento com a princesa Ira Von Furstenberg, as obras foram canceladas. A mansão seria uma homenagem de “Baby” à sua amada, mas conforme o seu relacionamento com Ira Von, Francisco optou por não dar continuidade às obras, impossibilitando a construção da casa. Desse modo, o local ficou abandonado. Somente em meados dos anos 90, com a administração da Fundação Aron Birmann, é que o terreno passou a ser restaurado, inclusive, pelo próprio Burle Marx, dando espaço ao Hotel Palácio Tangará mais tarde. Inaugurado em 1995, foi transformado em um parque público e municipal, com reservas ambientais, um amplo gramado xadrez, painéis artísticos de concreto, espelhos d’água, entre outros. Sendo tombado tanto pelo CONDEPHAAT quanto pelo CONPRESP, o Parque Burle Marx é um dos mais importantes de São Paulo.

Parque do Povo

Popularmente conhecido como “Parque do Povo”, o Parque Mario Pimenta Camargo, localizado no bairro do Itaim Bibi às margens do Rio Pinheiros, teve sua história iniciada em 1930, quando a sua área ainda era ocupada por praticantes de futebol de várzea, bem como, para realização de atividades culturais, em especial, circenses, shows de artistas populares e teatro alternativo. O Parque do Povo foi tombado pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP e passou, em 2008, por uma última reforma, proporcionando um ambiente mais paisagístico e com diversas atividades de lazer.

Parque Augusta

O Parque Augusta é um dos mais recentes da capital paulista, sendo inaugurado em 06 de novembro de 2021. A sua história começa em 1902, quando houve a construção do Palacete Uchoa, pertencente à família Uchoa, e projetado por Victor Dubugras. Mais tarde, 4 anos depois, o palacete foi vendido e, com isso, foi instalado no casarão um colégio particular feminino que funcionou até meados de 1967, quando houve a demolição do casarão Uchoa e, consequentemente, a do colégio. Com isso, neste mesmo período, o espaço tornou-se um estacionamento. Já em 1989, foi considerado um patrimônio ambiental através de um decreto. Em 2002, no Plano Diretor de São Paulo, foi prevista a criação do Parque Augusta. Somente em 2021 é que o local abriu as portas ao público. Atualmente, abriga diversas árvores, parquinhos para crianças, arquibancada, cachorródromo, entre outros. Em 2013, o CONPRESP tombou os arbóreos presentes no parque e algumas construções que sobraram do antigo colégio.

Villa-Lobos

Projetado pelo arquiteto Décio Tozzi, o Parque Villa-Lobos foi fundado em 1989, inaugurado em 1994 e está localizado em Alto de Pinheiros, às margens do Rio Pinheiros. Em 1987, comemorava-se o centenário de nascimento de Villa-Lobos. Já no ano seguinte, dois decretos estaduais destinavam a implantação de um espaço de lazer, esporte e cultura na área atual do parque. 26/10 Parques de São Paulo - Artigo para o blog: Em 2004, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo se tornou responsável pela administração do Villa-Lobos, que retirou do parque diversas barracas que atuavam há muito tempo, deixando apenas 2 empresas responsáveis pela venda de equipamentos e de comida. Hoje, possui cerca de 741 mil m² de área verde, e abriga playground, bosque e espaços para shows e concertos. É um parque com acessibilidade e um dos mais importantes na cidade, sendo exemplo de sustentabilidade, cultura e lazer.


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