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Conhecendo São Paulo: da ópera a uma vista 360° da cidade

Dando continuidade à nossa série “Conhecendo São Paulo”, hoje trouxemos mais alguns pólos culturais presentes na capital paulista. Esses espaços, focados em arte e cultura, tornam a metrópole um lugar diversificado. Confira abaixo um pouco sobre esses locais e, claro, já os adicione em seu roteiro, pois vale a pena conferir cada um deles de perto. Pinacoteca Inaugurada em 1905, a Pinacoteca abrigava galerias de pinturas. Inicialmente, o seu acervo possuía cerca de 26 obras e a maioria era proveniente do Museu Paulista. A sua coleção original trazia obras de artistas renomados da época (séc. XIX), como Almeida Júnior e Pedro Alexandrino. O intuito era privilegiar artistas locais e nomes influentes no meio artístico da cidade. No ano de 1911, a Pinacoteca era vinculada ao Liceu, porém o vínculo foi desfeito. Assim, a “Pina” seguiu como instituição autônoma. Passado um tempo, alguns artistas paulistas que estavam em formação em atiles na Europa, através de bolsas de estudos, realizavam doações de seus projetos à Pinacoteca. Através disso, o seu acervo foi ampliado. As obras inseridas no museu eram de artistas modernistas paulistas, como Victor Brecheret, Anita Malfatti, Lasar Segall, Candido Portinari e Tarsila do Amaral. Ao longo dos anos, o acervo da Pinacoteca modernizou-se e chegou a ter mais de 10 mil obras que representavam a história da arte brasileira. No ano de 1990, o espaço passou por uma grande revitalização, sendo o arquiteto Paulo Mendes da Rocha responsável pelo projeto. Atualmente, suas exposições recentes exploram questões sobre políticas de formação de acervos, bem como assuntos relacionados à sociedade. Por se tratar de um bem histórico e de grande valor a São Paulo, o Condephaat tombou o espaço para manter a sua conservação e proteção do patrimônio.


No site da Instituição, é possível acompanhar a programação e ficar por dentro das novidades.


Sala São Paulo


Sem dúvidas, este é um dos edifícios de concertos e eventos mais importantes do país. Projetado por Christiano Stockler das Neves em 1925 - época em que a produção de café estava a todo vapor na capital paulista -, o prédio só foi concluído em meados de 1938, período em que a urbanização em São Paulo se fazia crescente.


No ano de 1997, a Secretaria da Cultura de São Paulo assumiu o controle da Sala São Paulo e o espaço foi transformado no Complexo Cultural Júlio Prestes. Está localizado no Centro Histórico de São Paulo, próximo à Pinacoteca e ao Museu de Arte Sacra.


A Sala é tombada como patrimônio histórico pelo Condephaat desde 1999, por ser um marco extremamente importante para a capital paulista. A organização sempre realiza concertos e eventos musicais que valem muito a pena assistir. Em seu site, é possível conferir toda a programação.


Edifício Mackenzie


O Edifício Mackenzie foi construído entre 1894 e 1896. Na época, o intuito da edificação era abrigar a primeira Escola de Engenharia provada do país, inspirada nos moldes americanos.


É um espaço que promove a preservação da memória da instituição Mackenzie através de seu acervo histórico e do próprio edifício. Além disso, é um espaço cultural e com uma agenda diversificada.


Desde 1990, é um bem tombado pelos órgãos Condephaat e Conpresp devido ao seu valor histórico e cultural. Entre os anos 2001 e 2004, o edifício passou por um processo de restauração e adaptação.


Teatro Municipal


Construído entre os anos 1889 e 1930, o Teatro Municipal de São Paulo teve total influência da “Belle Époque” europeia. Ao todo, foram necessários 8 anos de obras para que o teatro pudesse ser concluído. Porém, essa demora é compreendida quando percebemos a sua grandeza arquitetônica.


Os responsáveis pela sua construção foram dois grandes arquitetos italianos: Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi. Além da influência europeia, o Teatro teve como inspiração a Ópera de Paris e sua arquitetura renascentista barroca do século XVII. No interior do Teatro Municipal, é possível ver colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos, entre outros.


Desde sua inauguração, a estrutura já passou por duas grandes reformas: a primeira em 1954 e a segunda em 1896, que durou até 1991. Dentre suas atrações, as mais conhecidas são Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Lírico, Coral Paulistano e as Escolas de Dança e de Música de São Paulo.


O órgão Condephaat tombou o Teatro Municipal, devido à sua arquitetura, linguagem e influência neoclássica.


Edifício Altino Arantes (Farol Santander)


O antigo “Prédio Banespa” está localizado próximo ao centro da cidade de São Paulo. Na época de sua inauguração, foi escolhido para ser a sede do Banco do Estado de São Paulo. Ao todo, o edifício demorou cerca de 8 anos para ser finalizado.


O seu projeto arquitetônico foi desenvolvido por Plínio Botelho do Amaral, porém, mais tarde, viria a ser modificado e teve como inspiração o Empire State Building, em Nova Iorque. Durante 20 anos, foi tido como o ponto mais alto da cidade e podia ser identificado com facilidade.


Na parte alta do edifício, é possível ter uma visão 360° da cidade, alcançando a Serra do Mar e o Pico do Jaraguá, além de prédios da Av. Paulista. Cerca de 5 mil pessoas visitam o lugar mensalmente.


No ano de 2000, o edifício foi privatizado pelo grupo Santander-Banespa e, com isso, passou a abrigar um museu em que estão reunidos mais de 2 mil objetos que fazem parte da história de quase 100 anos de existência.


No ano de 2011, o órgão Condephaat tombou o edifício Altino Arantes devido ao seu valor histórico, preservando a fachada do prédio e o terraço, além de 5 pisos do empreendimento.


“Conhecendo São Paulo” não termina aqui… continua. Te esperamos nos próximos artigos!

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